02/06/2008 :: Faça a coisa certa, saia dos trilhos

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2008-06-02

Faça a coisa certa, saia dos trilhos

Todos nós temos paradigmas. Desses que encalacram a vida da gente. Eles nascem, brotam, surgem do nada, pelos cantos, frestas e paredes, por cima, por baixo, de pé, deitado, em nossa casa, nas padarias, nos escritórios, nas empresas, nos jornais, nas tevês. São piores que os vírus de computador. Abriu para ver o que é, dançou! Mas o que são paradigmas?

Diriam as testemunhas do trabalho e das idéias de Albert Einstein: "ele fez o seu trabalho mais brilhante quando desafiou os paradigmas da ciência e ousou sair dos trilhos, violando regras que constrangiam seu pensamento. Felizmente não se deixou limitar pelo mundo tridimensional que conhecia. Ele usou a imaginação para ir além das suas experiências e entrar de corpo e alma num universo multidimensional. Nós, físicos e amigos de Einstein, descobrimos que essa idéia se aproxima mais do modo pelo qual o universo se estrutura na realidade. Einstein só pode chegar a ela por seu espírito transgressor. De maneira imaginativa e inovadora, e de natureza perseverante, saiu dos trilhos, voou sentado na ponta de um raio de luz."

Mas quer ver como nasce um paradigma?

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No centro dessa jaula puseram uma escada e no ponto mais alto da escada, no último degrau, um bonito e maduro cacho de nanicas, a marca de bananas preferida dessa macacada. Quando um macaco subia a escada para apanhar uma banana que fosse, os cientistas esguichavam água fria - atente para o detalhe - nos que estavam no chão. Esses pagavam o maior mico. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam o pobre coitado de pancada. Passado algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada. E as nanicas continuavam lá, tentadoras. Então os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez, morrendo de fome que estava, foi subir tranqüilamente a escada. Os outros macacos, antes que o jato gelado de água fosse detonado, retiraram o novato rapidinho e não deixaram por menos, pancada em cima de pancada no calouro. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo aprendeu, não subia mais a escada. Um segundo macaco foi substituído, e a mesma coisa acabou acontecendo, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato. Bem, um terceiro foi trocado, e o fato repetiu-se. Subiu a escada, pancada. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.

Agora vamos viajar na maionese, ops!, nas nanicas da vida, vamos sair dos trilhos e conversar com esses macacos. Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..." - Agora continue fora dos trilhos e troque essa jaula pela sua casa, padaria, escritório, empresa.

Em grandes companhias o pessoal da administração diz que isso não pode porque o policy da empresa não permite. As coisas sempre foram assim por aqui! Daí a gente traduz policy e vê que é a linha política, o plano de ação, a orientação, o método, as normas, os programas, os TRILHOS. Bem que Einstein dizia, "é mais fácil desintegrar um átomo do que um paradigma, um preconceito."  Faça como ele, faça a coisa certa.

*Profissional de Criação Publicitária, Escritor, Palestrante,
Professor de Criação e Estratégias de Comunicação.
[email protected]  -
www.aryavera.com.br

 

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